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Pode haver Escassez de Energia Elétrica em 2014? Energia e Emissões de CO2 no Estado do Amazonas
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Pode haver Escassez de Energia Elétrica em 2014? Acompanhamento da situação dos reservatórios hidrelétricos até 31 de Março de 2014 A situação dos reservatórios que acumulam energia hídrica em março de 2014 é preocupante e existe a possibilidade de escassez de energia elétrica no País neste ano. Como no ano passado, a E&E vem advertindo sobre essa possibilidade. Providências do lado da oferta e da demanda são necessárias para evitar essa escassez no Sistema Integrado Nacional. O primeiro trimestre de 2014 é o quarto mais seco ao longo de oitenta anos e, baseado neste trimestre, uma avaliação indica probabilidade superior a 50% de escassez de energia. Acompanhamento: Situação em 16/07/2014 Situação dos reservatórios em 16/07/2014 comparada com as projeções de 31/03/2014; Estoque atual de 41,9%. As chuvas em junho (afluência acima da média histórica) e redução do consumo para o nível dos dois anos anteriores estabilizarm o estoque no mês. Comportamento real que estava abaixo do limite (que levaria ao racionamento) está agora acima dele. A trajetória está melhor que a considerada como provável a partir das estatísticas dos três primeiros meses de 2014 (ver nota 17/05).
Energia e Emissões de CO2 no Estado do Amazonas João Antonio Moreira Patusco O Brasil, pelas suas dimensões continentais, proporciona que cada Estado brasileiro tenha algumas características peculiares, nas áreas econômica, social e de uso da energia, que o diferencia das demais Unidades da Federação. O artigo evidencia estas características, tendo como foco principal analisar e comparar indicadores de energia relacionados com socioeconomia e emissões de partículas, da Unidade da Federação com o Brasil e com os demais estados. É apresentado o ranking do Estado do Amazonas (AM) diante dos demais estados brasileiros, para uma seleção de 30 indicadores. ___________________________________________ Novo: Nota 17/05/2014 Dados até 15 de maio confirmam o risco de déficit de eletricidade no Sistema Integrado Nacional em 2014 Carlos Feu Alvim O risco de haver um déficit de oferta de eletricidade ou de um “apagão” no ano de 2014 é real e o próprio governo federal admite, mas estima que ele seja inferior a 5%. Esta avaliação de probabilidade de déficit aparentemente não considera a correlação que existe entre o comportamento das chuvas no primeiro trimestre e o restante do ano, como é mostrado neste número da E&E (Figura 5), reproduzida abaixo como Figura1. Anos com primeiro trimestre seco costumam ser secos no restante do ano. Isto decorre, em parte, das condições climáticas. As chuvas em 2014 estão muito abaixo das expectativas e a água que aflui aos reservatórios para a geração de eletricidade está cerca de 30% abaixo da esperada.
Figura 1: Correlação entre a média de afluência do primeiro trimestre com a do restante do ano restante do ano. Observada essa correlação e o desvio médio encontrado, o valor esperado para a afluência durante o ano de 2014 é de 43 ± 4 GW.ano. A partir deste valor pode-se gerar uma curva que indica a trajetória provável do estoque que é mostrada na Figura 2. Nesta trajetória, indicada como provável, existiria um déficit de abastecimento de 9 GW.mês no final deste ano. De certa forma foi o que se fez no último leilão onde a indústria de alumínio resolveu vender a eletricidade que produz para consumo próprio. Aparentemente, passou a ser mais vantajoso para essas indústrias vender a eletricidade que produzir o alumínio. A solução apontada não eliminaria obrigatoriamente o déficit, pois o processo é estatístico e tanto pode acontecer uma falta maior que a prevista como de haver maior precipitação e a posteriori se verificar que não ser necessária nenhuma restrição. Como a chance de ocorrer essa necessidade já seria maior que 50%, algumas medidas preventivas devem ser tomadas. A Figura 2 mostra que a projeção feita com os dados até 31 de março está se confirmando.
Figura 2: Extrapolação a partir dos dados até 31/03 que está se confirmando nos 2 meses seguintes e que prevê possibilidade de déficit de fornecimento a no final de 2014. Na parte superior da Figura 2, o gráfico mostra como o estoque vem sendo reduzido ao longo dos anos, no detalhe, as projeções onde, além do cenário "provável" são mostrados o cenário básico (afluência média histórica para o restante dos meses) e o cenário limite (afluência justo suficiente para atender a demanda prevista). Em conclusão: Tendo em vista a correlação entre o primeiro trimestre e o restante do ano, a probabilidade de racionamento em 2014 é da ordem de 50% e medidas que induzem a redução de consumo e/ou de aumento da oferta são necessárias para evitar interrupções não programadas e recuperar o sistema para o próximo ano. Se escolhidos os setores adequados e iniciado o processo com antecedência, o prejuízo econômico pode não ser muito significativo. Causas e possíveis remédios A situação no ano de 2014 resulta de uma queda da afluência que é uma das maiores da série histórica e de um ano de 2012 com chuvas bem abaixo e de 2013 um pouco inferior à média. A falta de chuvas veio junta neste ano com um aumento da temperatura atmosférica e isso estimula o uso do ar condicionado. A demanda ficou 4% superior à prevista para o primeiro quadrimestre. A conjunção destes fatores fez com que, nesta época do ano em que normalmente os reservatórios deveriam estar cheios, eles estão com 42% de sua capacidade. Na Figura 2, no eixo da direita, indica-se o estoque em GW.ano (energia gerada por uma fonte de 1 GW médio durante ano). Essa unidade permite representar em números simples o que ocorre no nosso sistema elétrico: Os reservatórios brasileiros são capazes de acumular uma energia para gerar cerca de 24 GW durante um ano. O estoque acumulado no início do ano era cerca de 10 GW.ano que, ao invés de crescer até o meio do ano como costuma acontecer, permaneceu praticamente estável. Como foi visto, afluência prevista com base nas chuvas do primeiro trimestre é de 43 Gw.ano, descontadas as perdas (energia vertida), de pelo menos 5 GW.ano, restam 38 GW médios, insuficientes para atender a demanda prevista de cerca de 64 Gw.ano. Mesmo contando com cerca de 16 GW,ano de outras fontes, a oferta (38+16=54) GW.ano faltam 10 GW.ano para atender a demanda. Como vimos, esse é justamente o estoque disponível no início do ano e a situação é muito próxima do limite, ou seja, corre-se o risco de se esgotar até o final da estação seca em novembro. O uso desta unidade permite também apreciar de forma simplificada o equilíbrio do sistema atual. Em um ano normal a afluência média no conjunto de represas é de 59 GW.ano, descontadas as perdas, estariam disponíveis 54 GW.ano. Para atender uma demanda de 64 GW.ano é necessária uma geração firme de cerca de 10 GW.ano. Tem-se falado muito que o uso das térmicas gerou a necessidade de aumentar a tarifa mas não deveria ser nenhuma surpresa o fato de ter que gerar 10 GW médios durante todo o ano já que esta é a demanda normal. No sistema brasileiro, as hidroelétricas devem ter a capacidade de atender as oscilações da demanda ao longo do dia (maior no final da tarde) e ao longo da semana (maior nos dias úteis). Isto decorre da extraordinária flexibilidade dessas usinas para variar a energia gerada. Esta exigência, no entanto, é mais de sua capacidade de geração que propriamente de armazenamento de longo prazo. A capacidade de longo prazo dos reservatórios das hidroelétricas atende bem as oscilações de demanda mencionadas, mas foi concebida para regular as variações sazonais da oferta de água, majoritariamente associada ao regime de chuvas. Na atual configuração, em um ano normal, são necessários 11 GW.ano para regular o sistema. Ou seja, os reservatórios que têm 24 GW.ano de capacidade usam cerca de 11 Gw.ano para atender a variação sazonal de chuvas. No passado, a capacidade de armazenamento relativa a de geração era muito maior e o sistema também regulava a ocorrência de anos secos. Hoje, para atender as alterações devidas a esses anos restaram 13 GW.ano. Uma queda na afluência de 30% significa uma redução na oferta de água de 18 GW.ano que já não pode ser atendida pelos reservatórios e seriam necessários mais 5 GW.ano de capacidade térmica (além dos 10 GW.ano de energia firme já citados). Considerando ainda 1GW.ano de volume morto dos reservatórios seriam necessários os 16 GW médios. Isto é justamente o que o sistema consegue atualmente gerar com outras fontes. Em alguns anos, os administradores do sistema não acionam em tempo as térmicas e disso resulta o problema. Mas isso não ocorreu este ano, praticamente toda a capacidade térmica foi acionada. Ou seja, mesmo que o sistema esteja com o estoque inicial necessário para atingir o máximo (o que não ocorreu em 2014), uma redução em um único ano de 30% na afluência está no limite do que ele pode absorver atualmente. O Sistema só está preparado para enfrentar um ano de seca. Anos seguidos de seca, como agora estamos enfrentando, não são atendíveis pelo sistema atual. Para o futuro, é necessário pensar em dar ao sistema a complementação necessária à geração de base, atualmente de 10 GW firmes. De imediato, uma redução de consumo ou um aumento de oferta nos meses restantes de um pouco mais de 1 GW ao mês poderia resolver o problema no cenário considerado aqui como provável. Isto pode ser conseguido induzindo a a redução da demanda de indústrias intensivas em energia como a de alumínio e ferro-ligas. Seria reduzido, embora não eliminado, o risco de déficit. _____________________________________________
Homenagem: Francisco de Assis Magalhães Gomes
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Friday, 19 September 2014. |
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The ten largest economies and nuclear energy Initiatives for the use of biomass in Ligno Cellulosic Feedstock Biorefineries Parceria:
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Economy and Energy Organization - e&e OSCIP Editorial: Workshop on Capital Productivity
Economy and Energy Organization - e&e OSCIP Nº 82: June/September de 2011 IISSN 1518-2932 _________________________________________________________ Texts for Discussion: The ten largest economies and nuclear energy: Reflections regarding the future of Brazil Carlos Feu Alvim and Leonam dos Santos Guimarães] The article analyzes the ten largest world economies, among which Brazil is included, both relative to mastering the nuclear fuel cycle for electricity generation and the possession of nuclear weapons. Of these ten countries only Brazil does not possess nuclear weapons while the other countries have them or share nuclear arms with those that have them. In this context it is shown the strategic importance of the fact that Brazil is active regarding the peaceful uses of nuclear energy, expanding its technological mastering and installed industrial capacity in its different sectors. It is also noted the convenience of the Brazilian rejection of the non-peaceful use of nuclear energy as established in the Brazilian Constitution and in different international agreements signed by Brazil. Márcia França Ribeiro Fernandes dos Santos, Oil, natural gas and their products represent 55% of the world energy consumption; however these are finite resources and their predominance will not last more than some decades. It is necessary to find substitutes for these fuels and one alternative is the use of renewable organic matter (biomass). The article aims at presenting initiatives taken in the world and in Brazil about the use of ligno cellulosic raw material in bio-refineries. The focus will be on the sugar platform for 2nd generation of ethanol production considering the importance of this segment in the national agribusiness market. The results of the bibliographic search suggest that the technology is still in the search and development phase and raises great interest for consolidating the ethanol world market. Essay: The belief that a cold in the USA corresponds to a flu or pneumonia in Brazil is not confirmed by the analysis of the economic growth rates behavior in the two countries in the last eighty years. In effect, it seems that there is no correlation between the growth rates of the two countries in this period. When the analysis is made in smaller historical periods it is verified a positive correlation (growth in phase in the two countries) in some periods but most of the time the correlation is negative. ____________ Editorial: American cold and Brazilian flu ? We have been convinced that an American cold certainly represents a flu or pneumonia here in Brazil, that is, crisis in the USA have immediate and more radical results here than there. In the present American cold season it is useful to discuss the truth of this assertion because the simple fact that we believe in it is sufficient to produce negative effects in our economy. Celso Furtado, opposing this belief, observed that crises in the American economy are perceived here in the short term but, in general, they become beneficial to the Brazilian economy in the medium term. He correlated the 1920/1930 crisis in the USA with the notable Brazilian re-emergence in 1932 based on the national market. If one searches for a correlation between the American and Brazilian growth rates in the 1930 – 2010 the statistic indications are that they do not exist in the whole period. It is possible to separate along these eighty years periods in which the high and low economic growth rates in the USA and in Brazil are in the same cycle phase and others in which the two countries had inverse signs. In a preliminary analysis it can be said that in the periods when they were in inverse phase are more numerous than those when they were in the same phase. When we examine the linear correlation between the GDP variation of the USA and that of Brazil in this period we find out that effectively this variation is sometimes positive and sometimes negative. The change in intensity and sense of this correlation makes us think that the possible dependence of the Brazilian growth and the American one is not direct; it is much more complex and to be coherent it should be studied considering the historical periods. It is concluded that the “cold theory” does not explain the past even when we were much more dependent on the USA. In the last fifteen years we were in the inverse phase of that of the USA: in 1998 they were on the top of the Clinton era and Brazil’s annual growth rate was low. Then the American growth rate started to diminish while that of Brazil started to grow. At the end of 2008 there was a crisis in the USA that had consequences in the following years in Brazil that had a drop of 0.6% in its GDP. However, consumption grew 2.4% in that year. In 2010 the considerable 7.5% GDP made it possible to consider together the 2009 and 2010 years as normal ones. Consumption grew 4.5% on the average, more than the average value of the Lula period (4%). As to the GDP, it grew 3.3%, a little less than the average value of 4% annually in the past administration. Data are from IBGE’s Quarterly National Accounts. The gap between production and consumption was practically closed with imports and less investment. That is, the GDP drop in 2009 was due, in our opinion, to an exaggerated reduction of supply by the productive sector because of an erroneous interpretation of the effect of the American crisis on the Brazilian economy. The growth in the two years after the crisis in the USA was normal, the first “ripple” was over. And now, will we be in phase with the American cycle? ____________ The data analysis is made in the The American cold essay in this issue.
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