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Textos para Discussão Avaliação do Impacto do Incremento da Produtividade de Capital sobre o Crescimento Econômico Acompanhamento de Termos de Parceria e&e MCT: 1. Bases para Programa de Incremento de Produtividade de Capital 2. Consolidação do Balanço de Carbono
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Texto para Discussão:
Avaliação do Impacto de
Incremento da Produtividade de Capital
Carlos Feu Alvim, Frida Eidelman, Olga
Mafra, Omar Campos Ferreira A queda na produtividade de capital, como já mencionado em vários artigos na Revista e&e e em outros meios de divulgação, é identificada como causadora da estagnação das décadas perdidas e um dos problemas maiores na retomada do crescimento. Este não é um fenômeno isolado da economia brasileira, e atinge vários países desenvolvidos e em desenvolvimento, como demonstrou recentemente uma coletânea de estudos publicados pelo Ministério da Industria e do Comércio Exterior MDIC e pelo Instituto Euvaldo Lodi e pela Confederação Nacional da Indústria - CNI.[2] Dados de estudo em curso dentro do Termo de Parceria sobre a produtividade de capital e&e/MCT, anteriormente mencionado, revelam que alguns países têm aumentado a produtividade total dos fatores inclusive a de capital. Usando o programa projetar_e podemos avaliar o possível impacto de um incremento da produtividade de capital sobre o crescimento econômico do Brasil. Foi suposto que ao invés de seguir a tendência de fixar-se em 0,37 (mil reais de estoque de capital propiciando produto anual de R$370) este valor evolua para 0,400 (razão estoque de capital / produto limite: K/Y=2,5). O comportamento da produtividade de capital[3] seria o mostrado na Figura 1 comparado com a do cenário de referência (razão K/Y limite de 2,7). Com esta modificação estaríamos construindo um novo cenário no qual se supõe um incremento na produtividade de capital considerado realizável ao longo de uma década, o que significa uma modificação importante nos resultados do crescimento projetado, como será visto na comparação entre os cenários. Aumentar a produtividade de capital significa utilizar o parque produtivo com mais eficiência. Isto pode ser feito, por exemplo, aumentando os turnos de trabalho (ou diminuindo a duração dos turnos), eliminando estrangulamentos na produção e investindo em atividades menos intensivas em capital. A idéia é gerar mais produto e empregos a partir do mesmo estoque de capital.
Figura:1: Comparação entre as duas hipóteses de evolução da produtividade de capital. No primeiro caso é mantida a tendência de longo prazo da produtividade de capital, atingindo o valor de 0,37 em 2030; no segundo caso uma política de incentivo à produtividade de capital possibilitaria um incremento de 8% em relação à tendência atual. A trajetória alternativa parece atingível principalmente quando se considera que o valor observado nos dois últimos anos foi de 0,38. Isto significa que o incremento adicional seria de cerca de 5% em relação a esses anos. Além disto, a produtividade de capital do Brasil é muito baixa para o estágio de desenvolvimento em que nos encontramos. De qualquer forma, seria necessária uma política efetiva no sentido de aumentar a produtividade deste insumo. A diferença nas taxas de crescimento do PIB alcançáveis seria da ordem de 1,2% ao ano com o crescimento médio previsto passando de 4,5% para 5,7% ao ano (Figura 2). Nos próximos seis anos, o incremento da produtividade de capital poderia passar de 3,5% ao ano para 5% ao ano. Em termos de produto per capita, a diferença seria de se chegar a 8600 US$/hab em 2026 com incremento da produtividade de capital ao invés de 6800 da tendência atual. A Tabela 1 resume os resultados da alternativa estudada. Para facilitar as comparações, não foram apurados alguns ganhos suplementares que são possíveis de obter a partir do incremento da produtividade de capital. Com efeito o passivo externo líquido em 2026 é, na primeira hipótese, de 44% do PIB; com o incremento da produtividade de capital é possível chegar, dentro das mesmas hipóteses consideradas, a um passivo externo de 30% do PIB. Se for admitido o mesmo grau de comprometimento, seria possível reduzir as remessas para o exterior e incrementar o crescimento econômico.
Figura 2: Comparação entre as taxas de Crescimento do PIB com e sem incremento da produtividade de capital O ensaio sobre a repercussão de uma política de incremento da produtividade de capital no crescimento do país revelou a grande potencialidade que existe neste tipo de ação. Um incremento de 8% da produtividade de capital pode significar um produto per capita 26% superior no ano de 2026. Tabela 1: Valores Síntese para Cenário com Incremento na Produtividade de Capital
[1] Este trabalho faz parte do conteúdo do Termo de Parceria No 0017/2005 da e&e com o MCT, atendendo ao item específico: Avaliação, com auxílio do programa projetar_e das perspectivas de crescimento nacional e regional e impacto da melhoria na produtividade de capital nesse crescimento. [2] O futuro da Indústria: Produtividade de Capital/ Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Instituto Euvaldo Lodi / Núcleo Central. Brasília MDIC?STE: IEL?LC, 2005. [3] Constante de tempo de transição, baseada em curva de Poisson, de 6 anos
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Graphic Edition/Edição Gráfica: |
Revised/Revisado:
Wednesday, 19 July 2006. |