Economia
& Energia |
No 29 English Version |
Matriz Energética e
de Emissões
Especial Crise
Argentina Matriz
Energética e de Emissões |
Relatório Final - Resumo Executivo Sinopse e Conclusões
Relatório executivo sobre os resultados do Projeto Fornecimento de instrumentos de avaliação de emissões de gases de efeito estufa acopladas a uma matriz energética elaborado em convênio entre o MCT e a e&e. Apresenta, para um cenário econômico de referência, a demanda em energia equivalente. Para uma hipótese de atendimento dessa demanda por energéticos, com quantificação estabelecida em energia final, as emissões de gases causadores do efeito estufa são estimadas. O período considerado é o de 2000/2020. Também foram estimadas as emissões históricas.
O Brasil não dispõe de uma Matriz Energética que expresse uma Política Nacional Energética. O País também não dispõe de um Planejamento Econômico de longo prazo. A melhor aproximação disto foi o trabalho da então Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República SAE/PR para qual foi desenvolvida a primeira versão de nosso modelo macroeconômico. O presente trabalho não pode, em si, representar esta expressão da Vontade Nacional para o qual é necessário um mecanismo de consenso que deve ser capaz, inclusive, de superar amplamente o período de um governo. O que apresentamos aqui é um mecanismo de criação desse consenso e os valores encontrados devem ser encarados, na parte econômica, como o crescimento econômico possível dentro do quadro atual e na suposição de uma retomada da poupança interna e em um quadro de remuneração do capital externos moderados (4,3% reais ao ano). Na parte energética, os resultados devem ser encarados como os resultantes do cenário econômico apresentado e da continuação da política energética - não explícita - vigente. A saber: introdução vigorosa de gás natural tanto no uso direto como na geração termelétrica, pequena participação de carros a álcool no mercado e manutenção da política de mistura na gasolina, decréscimo do uso da biomassa dentro da tendência histórica observada e preservando alguns “nichos” específicos e política de conservação incorporando tecnologias já disponíveis. Esta política implícita – cujo contorno pode ser percebido de formas diferentes – substitui, na prática, uma política energética mais explícita. Ela não evita, no entanto, que se caia em “armadilhas do mercado” que pode induzir decisões de longo prazo baseadas em preços de curto prazo. Isto se agrava quando o Governo assume – direta ou indiretamente – garantias de lucratividade que livram o investidor de uma correta avaliação dos riscos futuros. Não existe país responsável sem uma política energética que leve em considerações aspectos estratégicos desse insumo. Países capazes de projeção externa de força, como os EUA, optaram por ações militares e políticas que garantam o abastecimento externo de petróleo. Também se preocupam com suas reservas estratégicas. Uma das primeiras preocupações do governo W. Bush, foi encomendar a uma comissão de alto nível um estudo sobre o futuro energético dos EUA. Ao mesmo tempo, países de menor influência optam por pagar um sobre-preço por medidas que induzam a conservação. Exemplos disso são: o preço elevado de combustíveis líquidos ao consumidor europeu - com impostos criando um “colchão” que absorvem variações externas - e a opção pelo nuclear da França, Japão e Coréia do Sul. Também a opção contra o nuclear, da Alemanha e Suécia, é uma atitude política. Os resultados da presente “rodada” da matriz energética e de emissões, para um crescimento do PIB médio de 3,0%, apontam para um crescimento anual médio de eletricidade de 3,9%, de carvão mineral e seus derivados de 2,9% e dos derivados de petróleo e gás natural de 3,4%. O uso do gás natural cresceria de 8,7% ao ano e o de biomassa somente de 0,3% ao ano. As emissões de CO2, principal gás causador do efeito estufa e novo aspecto estratégico a ser considerado nas decisões energéticas, cresceriam cerca de 3,4%. Considerando o CO2 emitido na geração de eletricidade passa-se de uma emissão, em 1999, de 0,5 kg de CO2 por dólar (a valores de 1994) de PIB para quase 0,6 kg CO2/US$(1994). No final da década de oitenta esse fator era pouco superior a 0,4 kg CO2/US$(1994 ) quando as políticas de substituição de petróleo produziam seu efeito máximo. O cenário aqui apresentado poderia ser considerado como o cenário inercial de emissões de CO2 para efeito de avaliação de políticas alternativas. Devemos assinalar, finalmente, que a metodologia permite, com relativa facilidade, estudar cenários alternativos de crescimento econômico e de uso de energéticos. IntroduçãoA equipe da e&e que trabalhou na elaboração de metodologia para avaliar a demanda de energia, em energia equivalente, e as emissões correspondentes em uma hipótese de atendimento desta demanda, em energia final. A equipe esteve assim constituída Coordenador : Carlos Feu Alvim Equipe Técnica:
Os resultados foram apresentados ao Ministério da Ciência e Tecnologia MCT em um Relatório Final e em relatórios parciais que foram, ao final, agrupados por metas do projeto. Os relatórios previstos foram os seguintes e já foram entregues ao MCT: Meta Especificação
Além desses relatórios existe o Resumo Executivo que estamos publicando nessa edição 29 da e&e Algumas modificações de forma foram feitas para adaptar às necessidades do trabalho e sugestões da coordenação da e&e e do próprio MCT. Foi entregue ainda o relatório executivo agora apresentado aos leitores da e&e. Esses relatórios estão também disponíveis em nossa página http://ecen.com . Esse resumo tem por objetivo apresentar os principais resultados do trabalho. Na Figura 0 apresentamos o esquema seguido na elaboração dos trabalhos e, na Tabela 0, a lista de trabalhos relacionados publicados anteriormente na atual edição da e&e (No 29) e em números anteriores. Também são listados outros artigos de interesse Tabela 0: Trabalhos Relativos à Matriz disponíveis atualmente na e&e ou a serem disponibilizados.
Figura 0: Esquema e Documentos da Matriz Energética e de Emissões
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Graphic Edition/Edição Gráfica: |
Revised/Revisado:
Tuesday, 17 May 2011. |