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Frota de Veículos diesel no transporte rodoviário
(continuação)
Equipe e&e-ONG
3 - Distribuição da Frota por idade de Veículos. A partir das vendas de veículos no mercado nacional e as curvas de sucatamento pode-se estimar a o comportamento da frota por faixa etária. Foram consideradas as seguintes faixas de idade: Frota1 Veículos do ano (metade da frota
ao final do ano) e do ano anterior O resultado entre os anos 1990 e 1997 para automóveis são mos trados na tabela seguinte Frota de Automóveis Tabela 3.1 Automóveis por faixa de idade 1990 a 1970
Figura 3.2: Gráfico da Composição da Frota por Faixa Etária e Idade Média de Automóveis a Gasolina e Idade Média desses veículos
Nota-se no período 1984 a 1986 quase não existem veículos na faixa de veículos de 1 ano e do ano anterior (frota1). A participação por faixa etária pode ainda ser representada em termos percentuais como no gráfico seguinte
É ainda interessante acompanhar a evolução dos automóveis a álcool que tiveram participação majoritária nos anos de depressão do mercado de gasolina assinalados acima.
A partir de 1995 a frota está se reduzindo em função do sucatamento e da não reposição. Isto faz que a frota de automóveis a álcool apresente idade média crescente. A participação de automóveis no consumo de diesel é, no Brasil, ainda desprezível em virtude das restrições legais que visam proteger o mercado do ciclo Otto. As emissões são, em conseqüência, também desprezíveis. O estudo da frota como um todo foi, no entanto, uma imposição da metodologia adotada em que se desejava distinguir o consumo de veículos pesados do de veículos leves. Frota de Comerciais Leves A faixa de Comerciais leves é a que mais se prestou à competição entre os diversos combustíveis já que sendo o veículo diesel mais caro e esse combustível mais barato existe uma faixa de rodagem anual em que o balanço entre custos fixos e variáveis (e a não existência de restrições legais) possibilitam a convivência dos diversos tipos de combustível. Na Tabela seguinte mostra-se a evolução da frota de comerciais leves por faixa etária entre 1970 e 1977. Tabela 3.2 - Comerciais Leves
Tabela 3.2a: Comerciais Leves Diesel Na Figura é mostrada a evolução da frota de comerciais leves. Deve-se assinalar que a denominação comerciais leves não existia nas estatísticas até 1957 quando foram instaladas as indústrias automobilísticas no Brasil. Para efeitos deste trabalho a frota de comerciais leves será tratada junto com a de automóveis. Como existe uma participação de diesel neste setor torna-se importante acompanhar esta participação para projeções de emissões por veículos diesel.
Pode-se notar ainda na figura que até o primeiro choque nos preços de petróleo o mercado era inteiramente de veículos a gasolina. A partir de 1979 começa a aparecer uma participação de veículos a diesel e, pouco depois, de veículos a álcool. Mostra-se a seguir os gráficos da distribuição de Comerciais Leves por Faixa Etária Figura 3.7: Frota de Comerciais Leves a Diesel por Faixa Etária e Idade Média dessa Frota Figura 3.8: Frota de Comerciais Leves a Gasolina por Faixa Etária e Idade Média dessa Frota Figura 3.9: Frota de Comerciais Leves a älcool por Faixa Etária e Idade Média dessa Frota Frota de Caminhões As Tabelas Abaixo apresentam a evolução da frota entre 1990 e 1997 que corresponde ao período de estudo para emissões; Tabela 3.3 - Caminhões por Faixa Etária
3.3a
Caminhões Diesel A Evolução da Frota de Caminhões estimada e sua composição é a mostrada na Figura seguinte . Figura 3.1: Gráfico da Composição da Frota de Caminhões por Combustível Figura 3.10: Gráfico da Composição da Frota de Caminhões por Combustível Pode-se notar uma nítida quebra no ritmo de crescimento da frota que, a partir do início da década de 1980, ao contrário do ocorrido com os automóveis não sofreu uma inflexão tão nítida com advento do Plano Real que se limitou a alguma reposição da frota. Isto se deve ao favorecimento do plano aos bens de consumo e não aos bens de produção. Como boa parte das necessidades de consumo foram cobertas ou complementadas com importações a frota de caminhões que é um bem de produção não sofreu grandes acréscimos. Com efeito, a taxa de poupança interna sofreu redução considerável como será considerado a partir da descrição dos cenários econômicos. O comportamento da frota é conseqüência do ocorrido com a entrada de veículos, já assinalado anteriormente, que não apresentou a espetacular reação observada no início dos anos noventa. Pode-se também notar, nas mudanças de inclinação da curva de frota, a conseqüência sobre esse valor das mudanças observadas na Figura ... que apresenta picos de venda em 1948 (pós guerra), 1951, 1959 (produção nacional) 1977 (milagre econômico) e 1995 (plano Real). Figura 3.11: Gráfico de Venda de Caminhões - São notáveis os picos correspondentes aos diversos ciclos econômicos- Os caminhões a gasolina desapareceram do mercado a partir de 1980. A venda e frota de caminhões a álcool é pouco expressiva. A variação da distribuição da frota em idades e por combustível é determinada pelas vendas e pelo sucatamento. Na Figura seguinte mostra-se o comportamento da frota por faixa etária e a idade média para caminhões a diesel.
Os gráficos acima mostram que existe um considerável envelhecimento da frota e uma expressiva possibilidade de substituição. Oas Caminhões a gasolina estão virtualmente em extinção segundo a curva de sucatamento adotada e frota sobrevivente teria uma idade superior a 30 anos Figura 3.14: Frota de caminhòes a gasolina e idade média de
frota Frota de Ônibus A evolução da Frota de ônibus vem crescendo regularmente e a venda de veículos é pouco influenciada pelas circunstâncias econômicas. As tabelas seguintes mostram os dados por tipo de combustível sendo que a frota é quase inteiramente diesel. Tabela 3.4: Frota de Ônibus 1990-1997
Frota de ônibus por tipo de combustível A Figura seguinte mostra a evolução da Frota de ônibus por tipo de combustível Figura 3.15: Frota de ônibus e idade média de frota |
A evolução da frota de veículos brasileiros é reproduzida a partir de dados de venda e da frota e idade dos veículos fornecida pelo DENATRAN para 1997. Uma função de sucatamento é ajustada para reproduzir os valores de 1997 a partir dos dados de venda.
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